Malformações Arteriovenosas (MAVs): O Curto-Circuito Vascular e as Opções de Tratamento Complexo

As **Malformações Arteriovenosas (MAVs)** são anomalias congênitas (presentes desde o nascimento) raras, caracterizadas por uma conexão ou “curto-circuito” anormal e direta entre artérias e veias, sem a rede capilar intermediária. Essa ausência de capilares faz com que o sangue arterial (de alta pressão) passe diretamente para as veias (de baixa pressão), causando uma sobrecarga de fluxo. As MAVs podem ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo o cérebro (onde são extremamente perigosas) e os membros (onde causam problemas funcionais e estéticos). O Dr. Antonio Queiroz, como cirurgião vascular experiente, é essencial no diagnóstico e no planejamento do tratamento dessas lesões complexas, que muitas vezes exige uma abordagem combinada entre cirurgia e técnicas endovasculares.

Fisiopatologia: O Problema do Curto-Circuito de Alto Fluxo

Em um sistema vascular normal, os capilares servem como uma barreira de resistência, diminuindo a pressão do sangue antes que ele chegue às veias. Nas MAVs, a ausência dessa resistência faz com que o fluxo de sangue seja extremamente rápido e volumoso. As consequências dependem do tamanho e da localização da MAV:

  • **Sobrecarga Cardíaca:** MAVs de alto débito (fluxo volumoso) forçam o coração a trabalhar muito mais para compensar o desvio de sangue, podendo levar à **Insuficiência Cardíaca Congestiva** em casos graves.
  • **Síndrome do Roubo:** O sangue arterial é desviado para a MAV e não chega adequadamente ao tecido normal distal (mãos, pés), causando dor, úlceras e, em casos raros, isquemia.
  • **Aumento de Volume e Pulsação:** A MAV pode se manifestar como um inchaço na pele ou uma massa que pulsa e tem um som audível (sopro).
  • **Risco de Sangramento:** MAVs cerebrais, em particular, têm alto risco de ruptura e hemorragia.

Diagnóstico por Imagem e o Mapeamento da Lesão/Malformações Arteriosas

O diagnóstico das MAVs começa com o exame físico (palpação de pulsação e ausculta de sopros) e é confirmado por métodos de imagem. O mapeamento da MAV é crucial para o planejamento do tratamento. O Dr. Antonio Queiroz utiliza:

  • **Ultrassom com Doppler Vascular:** Detecta e quantifica o fluxo de alta velocidade (curto-circuito) característico da MAV.
  • **Angiotomografia (Angio-TC) e Angiorressonância (Angio-RM):** Fornecem imagens detalhadas das estruturas envolvidas e do *nidus* (o emaranhado de vasos anormais).
  • **Angiografia Diagnóstica:** O padrão ouro para mapeamento. Um cateter é inserido e um contraste é injetado, permitindo a visualização em tempo real do fluxo e das vias de suprimento e drenagem da MAV.

Tratamento Combinado: Embolização Endovascular e Cirurgia

O tratamento da MAV é complexo e exige a experiência do cirurgião vascular e do radiologista intervencionista. O objetivo é oclusão total do *nidus* (o centro da MAV), mantendo a circulação normal do tecido saudável. O tratamento mais comum é a **Embolização Endovascular**:

  • **Embolização:** Através de um cateter, o cirurgião vascular injeta substâncias (como cola biológica, álcool ou molas/espirais metálicas) no *nidus* da MAV para bloquear o fluxo.
  • **Cirurgia:** A remoção cirúrgica é reservada para MAVs pequenas e bem localizadas, onde a excisão completa é possível sem causar dano a estruturas vitais. Em MAVs grandes, a cirurgia pode ser realizada **após a embolização** para reduzir o sangramento e o risco cirúrgico.

O tratamento é individualizado e, em MAVs muito extensas, pode exigir a combinação de múltiplas embolizações e cirurgias. A vigilância contínua é necessária para monitorar a recorrência da MAV, que é um risco frequente.

Se você ou alguém próximo precisa de ajuda especializada, agende uma consulta com a Dr. Antonio Queiroz. Venha já visitar a nossa clínica.

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