Embolia Arterial Aguda: O Bloqueio Súbito, o Risco de Isquemia e a Urgência da Intervenção Vascular
Enquanto a Doença Arterial Periférica (DAP) é uma obstrução crônica e gradual, a **Embolia Arterial Aguda (EAA)** é a interrupção súbita e completa do fluxo sanguíneo para um membro (ou órgão) causada por um êmbolo (um coágulo, placa de gordura ou outro material) que viaja pela corrente sanguínea e se aloja em uma artéria menor. A EAA é uma emergência vascular de altíssima gravidade, pois a falta de oxigênio (isquemia) no membro pode levar à necrose muscular e à perda do membro em poucas horas. A Dra. Antonio Queiroz, com experiência em cirurgia de urgência, atua rapidamente para diagnosticar a EAA e instituir a revascularização imediata.
Os “6 Ps” do Diagnóstico de Urgência Vascular
O diagnóstico da EAA é clínico e deve ser feito rapidamente. O quadro é caracterizado por dor súbita e intensa no membro (geralmente uma perna ou um braço), acompanhada pelos “6 Ps” que o cirurgião vascular busca ativamente:
- **Pain (Dor):** Dor intensa, súbita e que não alivia.
- **Pallor (Palidez):** A pele do membro fica pálida ou esbranquiçada devido à falta de sangue.
- **Pulselessness (Ausência de Pulso):** Ausência de pulso nas artérias abaixo do ponto da obstrução.
- **Paresthesia (Parestesia):** Dormência ou formigamento.
- **Paralysis (Paralisia):** Incapacidade de mover o membro (fraqueza motora).
- **Poikilothermia (Poiquilotermia):** O membro fica frio ao toque, adaptando-se à temperatura ambiente.
A presença de Parestesia e Paralisia indica isquemia severa e iminente risco de dano nervoso e muscular irreversível.
Origem do Êmbolo: A Fibrilação Atrial como Causa Cardíaca
A maioria dos êmbolos arteriais agudos ($80\%$) tem origem cardíaca. A principal causa é a **Fibrilação Atrial (FA)**, uma arritmia cardíaca onde o sangue se acumula no átrio (câmara superior do coração), podendo formar coágulos que são subsequentemente ejetados para a circulação arterial sistêmica. Outras causas incluem infarto recente ou aneurismas da aorta. A EAA nas pernas é a mais comum, mas a embolia para o braço, para as artérias cerebrais (AVC) ou para as artérias viscerais (isquemia mesentérica) também pode ocorrer. O tratamento de pacientes com FA exige o uso contínuo de anticoagulantes, mesmo após a resolução da EAA, para prevenir novos eventos.
Tratamento Imediato da Embolia Arterial Aguda: Embolectomia Cirúrgica ou Endovascular
A intervenção na EAA tem como objetivo restaurar o fluxo sanguíneo em poucas horas (o tempo máximo de tolerância à isquemia sem dano irreversível varia de 6 a 8 horas). O Dr. Antonio Queiroz utiliza:
- **Embolectomia por Cateter (Fogarty):** A cirurgia aberta é o tratamento clássico. É feita uma pequena incisão na artéria e um cateter com balão é inserido para puxar o êmbolo. É um procedimento rápido que salva o membro.
- **Terapia Trombolítica:** Infusão de medicamentos que dissolvem o coágulo (trombolíticos) por via sistêmica ou local (diretamente no coágulo através de um cateter). É uma opção menos invasiva, mas reservada para casos com isquemia menos avançada e sem risco imediato de perda do membro.
- **Angioplastia e Stent:** Em alguns casos, o êmbolo se aloja em uma artéria previamente doente (com placas). A intervenção endovascular pode ser usada para remover o trombo e tratar a estenose subjacente.
Síndrome de Reperfusão e Acompanhamento Pós-Operatório
Após o reestabelecimento do fluxo, o paciente pode desenvolver a **Síndrome de Reperfusão**, onde o tecido isquêmico danificado libera substâncias tóxicas na corrente sanguínea, podendo levar à falência renal e à Acidose Metabólica. O manejo pós-operatório (por vezes com Fasciotomia para aliviar a pressão muscular) e a anticoagulação são cruciais para a sobrevivência do paciente e do membro. O acompanhamento contínuo é necessário para rastrear a origem da embolia e prevenir a recorrência.
Se você ou alguém próximo precisa de ajuda especializada, agende uma consulta com a Dr. Antonio Queiroz. Venha já visitar a nossa clínica.