Isquemia Crítica de Membros Inferiores: O Risco Iminente de Amputação e a Urgência da Intervenção Vascular
A **Doença Arterial Periférica (DAP)** é causada pela aterosclerose (acúmulo de placas de gordura) que estreita as artérias dos membros inferiores, limitando o fluxo sanguíneo. A forma mais grave dessa doença é a **Isquemia Crítica de Membros Inferiores (ICMI)**. A ICMI não é apenas uma limitação para andar; é uma condição que ameaça a viabilidade do membro e a vida do paciente, exigindo intervenção urgente do cirurgião vascular. Caracteriza-se por uma redução tão drástica do fluxo sanguíneo que o tecido não consegue sobreviver. O Dr. Antonio Queiroz, especialista em cirurgia endovascular, enfatiza que o reconhecimento imediato dos sinais da ICMI e a revascularização são os pilares para evitar a amputação.
Os Sinais de Alerta da Doença Arterial Crítica: Dor de Repouso e Lesões
A ICMI difere da claudicação intermitente (dor ao caminhar) por se manifestar mesmo quando o paciente está em total repouso. Os sintomas indicativos de que o membro está em risco incluem:
- **Dor de Repouso:** Dor intensa, persistente e que não melhora com analgésicos comuns, tipicamente localizada nos pés e dedos. O paciente frequentemente tenta aliviar a dor pendurando a perna para baixo (posição de dependência), o que agrava o inchaço.
- **Úlceras Arteriais (Lesões Tróficas):** Feridas ou úlceras que se formam nos dedos, calcanhares ou áreas de pressão. Essas lesões não cicatrizam devido à falta de suprimento sanguíneo e oxigênio (isquemia), sendo extremamente dolorosas.
- **Gangrena:** Morte do tecido (necrose) que se manifesta pela coloração preta e fria dos dedos ou de parte do pé. É um sinal de isquemia irreversível no local.
A presença de dor de repouso ou lesões tróficas (úlceras) é o sinal que exige a máxima urgência na avaliação vascular.
Diagnóstico e Estratificação do Risco de Amputação
O diagnóstico da ICMI é clínico e confirmado por exames não invasivos que quantificam a isquemia. O Dr. Antonio Queiroz utiliza o **Ultrassom com Doppler Vascular** para mapear as artérias e identificar o local da obstrução. Outros exames cruciais incluem:
- **Índice Tornozelo-Braquial (ITB):** Medição da pressão arterial no tornozelo e no braço. Um ITB extremamente baixo (abaixo de 0,40) é indicativo de isquemia crítica.
- **Medição da Pressão Digital:** Pressão nos dedos, fundamental em pacientes diabéticos com artérias da perna rígidas.
- **Angiotomografia (Angio-TC) ou Angiografia:** Exames de imagem que criam um mapa detalhado das artérias da perna e do pé, identificando o local exato e a extensão das obstruções, o que é vital para o planejamento da revascularização.
O Tratamento de Emergência da Doença Arterial Crítica: Revascularização para Salvar o Membro
O objetivo primário da intervenção na ICMI é o **Salvamento do Membro** (Limb Salvage). O tratamento visa restaurar o fluxo sanguíneo para a área isquêmica. O Dr. Antonio Queiroz utiliza duas abordagens principais:
- **Cirurgia Endovascular (Angioplastia e Stent):** A abordagem minimamente invasiva, onde um cateter é inserido na artéria (geralmente pela virilha) e guiado até o local da obstrução. Um balão infla para abrir o vaso (angioplastia), e um stent pode ser colocado para mantê-lo aberto. É a primeira escolha, especialmente em pacientes frágeis.
- **Cirurgia Aberta (Bypass ou Ponte):** Criação de um desvio (ponte) para contornar a obstrução, utilizando uma veia do próprio paciente (Safena) ou um tubo sintético. É indicada para obstruções longas e complexas.
O sucesso da revascularização melhora a dor de repouso e, crucialmente, fornece oxigênio e nutrientes para que as úlceras isquêmicas cicatrizem, evitando a progressão para a amputação.
Cuidados Pós-Revascularização e o Risco de Reestenose
Após a revascularização, o paciente exige um manejo rigoroso. O uso de medicamentos antiagregantes plaquetários (aspirina, clopidogrel) e/ou anticoagulantes é contínuo para evitar a formação de novos coágulos e o fechamento do vaso revascularizado (*reestenose*). O acompanhamento seriado com o **Doppler Vascular** é indispensável para monitorar a patência do vaso. A prevenção da DAP, com o controle de diabetes, hipertensão e tabagismo, continua sendo a chave para a saúde vascular a longo prazo.
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